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Arte sacra

MENINO JESUS BOM PASTOR , Belíssimo e raro grupo escultórico em marfim esculpido, dentro do estilo Lusíada, trabalho de vertente indo -portuguesa do séc. XVIII. representado pelo Menino Jesus Bom Pastor sentado sobre coração, com pigmentação vermelha, este apoiado sobre complexa peanha, empório, que contém diversos significados esculpidos e retratados através de estágios, sendo eles a fonte da vida com aves bebendo água, ovelhas pastando em verdes campos e Maria Magdalena repousando no calvário . Med.18 cm de altura . A obra se encontra em raro bom estado de conservação. Marcas e desgastes naturais do tempo. Coleção particular Rio de janeiro/RJ. NOTA ICONOGRÁFICA DA IMAGEM: O Bom Pastor Menino é uma das iconografias mais delicadas e originais da arte indo-portuguesa. Designa-se também por Pastor Adormecido, Pastor Dormente, Menino Jesus Dormente, Bom Jesus da Lapa, Menino Deus da Montanha, Bom Pastor. A figuração de Jesus Cristo como Bom Pastor tem fundamento na parábola que se encontra nos Evangelhos de S. João (10, 1-16) e de S. Lucas (15, 1-7), onde Cristo se apresenta como pastor que defende do lobo as ovelhas do seu rebanho. Contudo, esta metáfora de Deus tem já raízes no Antigo Testamento. O salmo 23, por exemplo, começa com os versículos Iahweh é meu pastor, nada me falta. Em verdes pastagens me faz repousar. Conduz-me às águas tranquilas e restaura as minhas forças.São muito numerosas, e com algumas variantes, estas pequenas esculturas destinadas, por certo, à devoção particular. O Menino senta-se no alto de um monte, a que se dá também o nome de empório, de olhos fechados, em atitude dormente, com o rosto levemente apoiado na mão direita, os dedos mínimo e anelar recolhidos. A mão esquerda segura, ao colo, um cordeiro. Sobre o ombro esquerdo devia encontrar-se outro, deitado de barriga, mas deve-se ter perdido, com o tempo. O Menino enverga um traje de pele de ovelha, esculpido em ponta de diamante, apertada na cintura por um cordão laçado. Apresenta atributos próprios de pastor: cajado, cabaça, do lado direito, bornal, no flanco esquerdo, atrás do cotovelo. Os pés, junto dos quais pastam dois cordeiros, um de cada lado, calçam sandálias de tiras. A montanha organiza-se em andares. No superior, vê-se uma fonte com a sua carranca, donde brota água. Duas aves, de longo pescoço, simetricamente colocadas, uma de cada lado, bebem. A simbologia cristã das aves é muito antiga. Encontra-se, por exemplo, num mosaico do mausoléu de Galla Placidia (séc. V) e manter-se-á como motivo iconográfico durante todo o período românico, pelo menos, embora as aves adotem, por vezes, posições diferentes. Essa iconografia significará a necessidade de o homem prestar atenção à sua alma, representada pelas aves, de ouvir a mensagem do céu. Convém igualmente reparar no facto de as aves da iconografia do Bom Pastor Menino não serem pombas, mas apresentarem longos pescoços, mais uma adaptação à arte indiana. No andar do meio, pastam ovelhas. No meio das outras, uma toca a sua a cria com o focinho, pormenor que revela bem a ternura da composição. No andar inferior, numa gruta, Santa Maria Madalena reclina-se sobre o braço direito e pousa a mão esquerda num livro aberto. Esse gesto indica que ela medita a Sagrada Escritura. Ladeando-a, veem-se duas outras grutas, uma de cada lado, onde repousam leões em posição igualmente deitada. Toda esta iconografia mostra particularidades que testemunham uma simbiose cultural do Ocidente cristão e do mundo budista. A primeira dessas particularidades é a posição dormente do Menino. Manifesta a influência da iconografia de Buda, quando representado no Parinirvana, isto é, no momento em que acede ao Nirvana, estado de perfeita serenidade interior. A posição transmite, portanto, a ideia essencial de repouso. É essa também a ideia fundamental do início do salmo 23: Iahweh é meu pastor, nada me falta. Em verdes pastagens me faz repousar. Esse estado confirma-se também pela posição sentada do Menino. A mesma posição de repouso é a de Santa Maria Madalena, reclinada sobre o braço direito, posição em que Buda é também representado no momento da sua iluminação interior, ideia acentuada pelo gesto de tocar na Sagrada Escritura, o livro onde aprende a sabedoria espiritual. Outro ponto de contato com a tradição iconográfica indiana é a forma da peanha. Como assinala José António Falcão, em artigo sobre a inconografia do Bom Pastor Menino a peanha faz lembrar as kalaisa, elevações que servem de assento às divindades, mas também os gopurani, as torres dos templos hinduístas. Se a ideia de repouso e de paz nos parece a ideia central, outras interpretações, porém, podem ser apropriadamente formuladas. Por exemplo, a ideia de segurança. A ela somos levados pela representação dos leões nas grutas. Com eles em posição de descanso, podem as ovelhas alimentar-se sem qualquer receio. Vemos também aqui uma adaptação à fauna indiana da parábola evangélica, onde o inimigo do rebanho é o lobo. O leão, se pode significar Jesus Cristo o leão da tribo de Judá também pode ser símbolo do demónio. Para o confirmarmos, basta ir à Sé de Braga em Portugal e olhar para a base da pia batismal onde encontramos leões devorando crianças. A mensagem é clara: quem não for batizado será presa do demónio. Toda a natureza, aliás, se encontra em pacífica harmonia, constituindo a escultura um verdadeiro locus amoenus, uma paisagem idílica que lembra a harmonia cósmica do paraíso inicial. A presença de Santa Maria Madalena nessa iconografia é uma mensagem dirigida às mulheres das mais desprezadas castas da sociedade indiana, bem como às bailarinas dos templos. É uma maneira de dizer-lhes que toda a mulher, por mais socialmente desconsiderada que seja, tem lugar no rebanho de Cristo, que veio para salvar, precisamente, as pessoas tidas como mais vis e desprezíveis. Santa Maria Madalena constitui, afinal, um exemplo perfeito da mulher perdida desprezada que foi recuperada pelo Bom Pastor. Esta interpretação reforça ainda mais os pontos de contato entre o catolicismo e a mensagem budista. Com efeito, também o budismo rejeitava o sistema indiano de castas. Por estas razões, consideramos as esculturas do Bom Pastor Menino verdadeiramente preciosas e originais. Revelam o esforço de aculturação da arte e da mensagem cristã, através dos missionários portugueses, à sensibilidade e às circunstâncias concretas da sociedade indiana. As imagens indo portuguesas representam a expressão da similaridade da fé no divino das crenças cristãs a respeitosa religiosidade da milenar crença hindu. Fontes escritas narram que Vasco da Gama e sua tripulação, ao chegar a Calicute no século XVI, visitaram templos hindus que pensavam ser igrejas cristãs e, em alguns casos, teriam confundido as imagens de divindades hindus, ali consagradas com as de Nossa Senhora. No início do século XVI, a presença e a intensidade das artes hindu e muçulmana eram muito visíveis, materializando a força das culturas da civilização preexistente. A arte indo portuguesa surgiu da necessidade da superação da expressão arquitetônica e artística dos templos hindus. A eficácia da ação evangelizadora tornava imperativa a construção e ornamentação das igrejas católicas com uma suntuosidade não inferior à dos templos hindus e das mesquitas muçulmanas capazes de competirem com o esplendor artístico que os portugueses encontraram na Índia, particularmente em Goa. Nesse sentido, a monumentalização das igrejas e da talha sacra em seus interiores eram uma resposta direta ao caráter exuberante da arte e arquitetura encontradas no universo indiano. Algo invariavelmente viabilizado pelo uso de artífices locais, exímios herdeiros da tradição milenar da escultura em madeira e em marfim. Na Índia a Igreja viu-se na contingência de se adaptar ao contexto local aceitando, ou, pelo menos, tolerando o hibridismo artístico daí resultante uma miscigenação artística, uma fusão dos léxicos europeu e oriental. Com o passar do tempo, houve um distanciamento dos modelos europeus, acompanhado de um aumento de traços autóctones e a inserção de motivos tipicamente indianos, por vezes paradoxais, como os nâga e as nâginî divindades-serpente aquáticas associadas à fertilidade e extremamente populares em todo o subcontinente, possivelmente associadas a cultos pré-védicos e que na gramática indo-portuguesa aparecem geralmente representadas frontalmente, em pé e com as caudas bifurcadas e entrelaçadas. A conversão dos gentios previa também a oferenda, por parte dos missionários, de pequenas peças simbólicas que lhes materializavam a nova doutrina e lhes incutiam a Fé. Assim, na imaginária desenvolveu-se uma grande diversidade de soluções formais, presentes nas pequenas imagens devocionais, nos presépios, nos oratórios e nos Calvários de Pousar. Entretanto, é nas imagens do Bom Pastor que ficaram mais bem caracterizados os mecanismos discursivos a operar na imagética indo-portuguesa. Essa iconografia singular desenvolveu-se, na maioria dos casos, sobre um suporte tipicamente local o marfim, com ou sem policromia e douramento. Nas imagens em geral, a presença de elementos de origem budista (greco-búdica), como, por exemplo: o estilo do cabelo, a postura corporal, a posição do braço e da mão direita, os olhos semicerrados, a expressão calma e o sorriso hermético de concentração expectante são extraídos das representações orientais da Primeira Meditação do Buda. Nas imagens de Nossa Senhora os longos cabelos representandos com ondulações são uma marca registrada. (Luiz da Silva Pereira - resumo do artigo publicado no suplemento Cultura do Diário do Minho de 26.12.2012)

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Tipo: Arte sacra

MENINO JESUS BOM PASTOR , Belíssimo e raro grupo escultórico em marfim esculpido, dentro do estilo Lusíada, trabalho de vertente indo -portuguesa do séc. XVIII. representado pelo Menino Jesus Bom Pastor sentado sobre coração, com pigmentação vermelha, este apoiado sobre complexa peanha, empório, que contém diversos significados esculpidos e retratados através de estágios, sendo eles a fonte da vida com aves bebendo água, ovelhas pastando em verdes campos e Maria Magdalena repousando no calvário . Med.18 cm de altura . A obra se encontra em raro bom estado de conservação. Marcas e desgastes naturais do tempo. Coleção particular Rio de janeiro/RJ. NOTA ICONOGRÁFICA DA IMAGEM: O Bom Pastor Menino é uma das iconografias mais delicadas e originais da arte indo-portuguesa. Designa-se também por Pastor Adormecido, Pastor Dormente, Menino Jesus Dormente, Bom Jesus da Lapa, Menino Deus da Montanha, Bom Pastor. A figuração de Jesus Cristo como Bom Pastor tem fundamento na parábola que se encontra nos Evangelhos de S. João (10, 1-16) e de S. Lucas (15, 1-7), onde Cristo se apresenta como pastor que defende do lobo as ovelhas do seu rebanho. Contudo, esta metáfora de Deus tem já raízes no Antigo Testamento. O salmo 23, por exemplo, começa com os versículos Iahweh é meu pastor, nada me falta. Em verdes pastagens me faz repousar. Conduz-me às águas tranquilas e restaura as minhas forças.São muito numerosas, e com algumas variantes, estas pequenas esculturas destinadas, por certo, à devoção particular. O Menino senta-se no alto de um monte, a que se dá também o nome de empório, de olhos fechados, em atitude dormente, com o rosto levemente apoiado na mão direita, os dedos mínimo e anelar recolhidos. A mão esquerda segura, ao colo, um cordeiro. Sobre o ombro esquerdo devia encontrar-se outro, deitado de barriga, mas deve-se ter perdido, com o tempo. O Menino enverga um traje de pele de ovelha, esculpido em ponta de diamante, apertada na cintura por um cordão laçado. Apresenta atributos próprios de pastor: cajado, cabaça, do lado direito, bornal, no flanco esquerdo, atrás do cotovelo. Os pés, junto dos quais pastam dois cordeiros, um de cada lado, calçam sandálias de tiras. A montanha organiza-se em andares. No superior, vê-se uma fonte com a sua carranca, donde brota água. Duas aves, de longo pescoço, simetricamente colocadas, uma de cada lado, bebem. A simbologia cristã das aves é muito antiga. Encontra-se, por exemplo, num mosaico do mausoléu de Galla Placidia (séc. V) e manter-se-á como motivo iconográfico durante todo o período românico, pelo menos, embora as aves adotem, por vezes, posições diferentes. Essa iconografia significará a necessidade de o homem prestar atenção à sua alma, representada pelas aves, de ouvir a mensagem do céu. Convém igualmente reparar no facto de as aves da iconografia do Bom Pastor Menino não serem pombas, mas apresentarem longos pescoços, mais uma adaptação à arte indiana. No andar do meio, pastam ovelhas. No meio das outras, uma toca a sua a cria com o focinho, pormenor que revela bem a ternura da composição. No andar inferior, numa gruta, Santa Maria Madalena reclina-se sobre o braço direito e pousa a mão esquerda num livro aberto. Esse gesto indica que ela medita a Sagrada Escritura. Ladeando-a, veem-se duas outras grutas, uma de cada lado, onde repousam leões em posição igualmente deitada. Toda esta iconografia mostra particularidades que testemunham uma simbiose cultural do Ocidente cristão e do mundo budista. A primeira dessas particularidades é a posição dormente do Menino. Manifesta a influência da iconografia de Buda, quando representado no Parinirvana, isto é, no momento em que acede ao Nirvana, estado de perfeita serenidade interior. A posição transmite, portanto, a ideia essencial de repouso. É essa também a ideia fundamental do início do salmo 23: Iahweh é meu pastor, nada me falta. Em verdes pastagens me faz repousar. Esse estado confirma-se também pela posição sentada do Menino. A mesma posição de repouso é a de Santa Maria Madalena, reclinada sobre o braço direito, posição em que Buda é também representado no momento da sua iluminação interior, ideia acentuada pelo gesto de tocar na Sagrada Escritura, o livro onde aprende a sabedoria espiritual. Outro ponto de contato com a tradição iconográfica indiana é a forma da peanha. Como assinala José António Falcão, em artigo sobre a inconografia do Bom Pastor Menino a peanha faz lembrar as kalaisa, elevações que servem de assento às divindades, mas também os gopurani, as torres dos templos hinduístas. Se a ideia de repouso e de paz nos parece a ideia central, outras interpretações, porém, podem ser apropriadamente formuladas. Por exemplo, a ideia de segurança. A ela somos levados pela representação dos leões nas grutas. Com eles em posição de descanso, podem as ovelhas alimentar-se sem qualquer receio. Vemos também aqui uma adaptação à fauna indiana da parábola evangélica, onde o inimigo do rebanho é o lobo. O leão, se pode significar Jesus Cristo o leão da tribo de Judá também pode ser símbolo do demónio. Para o confirmarmos, basta ir à Sé de Braga em Portugal e olhar para a base da pia batismal onde encontramos leões devorando crianças. A mensagem é clara: quem não for batizado será presa do demónio. Toda a natureza, aliás, se encontra em pacífica harmonia, constituindo a escultura um verdadeiro locus amoenus, uma paisagem idílica que lembra a harmonia cósmica do paraíso inicial. A presença de Santa Maria Madalena nessa iconografia é uma mensagem dirigida às mulheres das mais desprezadas castas da sociedade indiana, bem como às bailarinas dos templos. É uma maneira de dizer-lhes que toda a mulher, por mais socialmente desconsiderada que seja, tem lugar no rebanho de Cristo, que veio para salvar, precisamente, as pessoas tidas como mais vis e desprezíveis. Santa Maria Madalena constitui, afinal, um exemplo perfeito da mulher perdida desprezada que foi recuperada pelo Bom Pastor. Esta interpretação reforça ainda mais os pontos de contato entre o catolicismo e a mensagem budista. Com efeito, também o budismo rejeitava o sistema indiano de castas. Por estas razões, consideramos as esculturas do Bom Pastor Menino verdadeiramente preciosas e originais. Revelam o esforço de aculturação da arte e da mensagem cristã, através dos missionários portugueses, à sensibilidade e às circunstâncias concretas da sociedade indiana. As imagens indo portuguesas representam a expressão da similaridade da fé no divino das crenças cristãs a respeitosa religiosidade da milenar crença hindu. Fontes escritas narram que Vasco da Gama e sua tripulação, ao chegar a Calicute no século XVI, visitaram templos hindus que pensavam ser igrejas cristãs e, em alguns casos, teriam confundido as imagens de divindades hindus, ali consagradas com as de Nossa Senhora. No início do século XVI, a presença e a intensidade das artes hindu e muçulmana eram muito visíveis, materializando a força das culturas da civilização preexistente. A arte indo portuguesa surgiu da necessidade da superação da expressão arquitetônica e artística dos templos hindus. A eficácia da ação evangelizadora tornava imperativa a construção e ornamentação das igrejas católicas com uma suntuosidade não inferior à dos templos hindus e das mesquitas muçulmanas capazes de competirem com o esplendor artístico que os portugueses encontraram na Índia, particularmente em Goa. Nesse sentido, a monumentalização das igrejas e da talha sacra em seus interiores eram uma resposta direta ao caráter exuberante da arte e arquitetura encontradas no universo indiano. Algo invariavelmente viabilizado pelo uso de artífices locais, exímios herdeiros da tradição milenar da escultura em madeira e em marfim. Na Índia a Igreja viu-se na contingência de se adaptar ao contexto local aceitando, ou, pelo menos, tolerando o hibridismo artístico daí resultante uma miscigenação artística, uma fusão dos léxicos europeu e oriental. Com o passar do tempo, houve um distanciamento dos modelos europeus, acompanhado de um aumento de traços autóctones e a inserção de motivos tipicamente indianos, por vezes paradoxais, como os nâga e as nâginî divindades-serpente aquáticas associadas à fertilidade e extremamente populares em todo o subcontinente, possivelmente associadas a cultos pré-védicos e que na gramática indo-portuguesa aparecem geralmente representadas frontalmente, em pé e com as caudas bifurcadas e entrelaçadas. A conversão dos gentios previa também a oferenda, por parte dos missionários, de pequenas peças simbólicas que lhes materializavam a nova doutrina e lhes incutiam a Fé. Assim, na imaginária desenvolveu-se uma grande diversidade de soluções formais, presentes nas pequenas imagens devocionais, nos presépios, nos oratórios e nos Calvários de Pousar. Entretanto, é nas imagens do Bom Pastor que ficaram mais bem caracterizados os mecanismos discursivos a operar na imagética indo-portuguesa. Essa iconografia singular desenvolveu-se, na maioria dos casos, sobre um suporte tipicamente local o marfim, com ou sem policromia e douramento. Nas imagens em geral, a presença de elementos de origem budista (greco-búdica), como, por exemplo: o estilo do cabelo, a postura corporal, a posição do braço e da mão direita, os olhos semicerrados, a expressão calma e o sorriso hermético de concentração expectante são extraídos das representações orientais da Primeira Meditação do Buda. Nas imagens de Nossa Senhora os longos cabelos representandos com ondulações são uma marca registrada. (Luiz da Silva Pereira - resumo do artigo publicado no suplemento Cultura do Diário do Minho de 26.12.2012)

Informações

Lance

    • Lote Vendido
Termos e Condições
Condições de Pagamento
Frete e Envio
  • TERMOS E CONDIÇÕES

    CONTRATO DE ADESÃO

    1º -
    Os lotes que compõem o presente LEILÃO, expostos na Rua Siqueira Campos 143, S/ lojas 71 e 72, Copacabana, Rio de Janeiro-RJ, foram cuidadosamente expertizados pelos organizadores e pelo Leiloeiro que, solidário com os proprietários dos mesmos, se responsabilizam por suas descrições. Ao serem apregoados, têm suas fotos e descrições disponíveis no sítio http://www.conradoleiloeiro.com.br/default.asp, podendo ser examinadosin locopelos interessados durante o período de exposição. As fotos, descrições de acabamentos (medidas, material, cores, tecidos, etc.), divulgadas no sítio http://www.conradoleiloeiro.com.br, são meramente ilustrativas, não servindo de parâmetro para demonstrar o estado dos bens.

    2º -Elaborou-se com esmero o catálogo, cujos lotes se acham descritos de modo objetivo. Os lotes serão vendidosNO ESTADOem que se encontram, pelo que se solicita aos interessados ou seus peritos, prévio e detalhado exame até o dia do pregão. Depois da venda realizada NÃO SERÃO aceitas reclamações quanto ao estado dos mesmos, aceitando assim o arrematante essa condição, isentando, nos termos do artigo 1.102 do Código Civil Brasileiro, o comitente vendedor (proprietário do bem), bem como Felix Conrado Leiloeiro Oficial, de qualquer responsabilidade por vícios ou defeitos, ocultos ou não.

    3º -Por exigência contratual dos comitentes proprietários vendedores dos lotes do leilão,OÚNICO MEIO ACEITO DE PAGAMENTOé oBOLETO BANCÁRIOque Felix Conrado Leiloeiro Oficial, encaminhará por e-mail ao término do pregão, excetuando-se o pagamento em dinheiro, ou no local da retirada ou em seu escritório. O pagamento é TOTAL, À VISTA, em até 72 (setenta e duas) horas IMPRORROGÁVEIS após o recebimento do e-mail mencionado.Demais alternativas revelaram-se vulneráveis e inseguras(DOC, TED, CARTÃO DE DÉBITO, DEPÓSITO EM CHEQUE E/OU DINHEIRO EM TERMINAL BANCÁRIO ou NA BOCA DO CAIXA), pois são passíveis de contra-ordem em tempo não determinável, sendo certo que, a autorização para retirada de lotes arrematados será condicionada à confirmação da compensação bancária do mesmo (48 horas). Este mesmo e-mail conterá a relação dos lotes arrematados e os respectivos valores finais alcançados, acrescidos da comissão (5%) do Leiloeiro, bem como os horários de retirada dos mesmos.

    4º -APENAS DEPOIS de confirmado o pagamento, se solicitado pelo arrematante, poderá ser fornecido, a título meramente INFORMATIVO, em até 10 (DEZ) dias, estimativas de custos de tarifas de envio TÃO SOMENTE da ECT - Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos,e de custo de embalagem, ressaltando que a ECT NÃO OFERECE SEGURO CONTRA QUALQUER TIPO DE DANO; APENAS PARA EXTRAVIO E/OU PERDA. Se a modalidade de envio pela ECT vier a ser a de escolha do arrematante, Felix Conrado Leiloeiro Oficial, disponibilizará graciosamente, sem qualquer custo, a coleta do lote arrematado até a agência postal mais próxima.

    5º -Em caso eventual de engano na expertizagem, comprovado por peritos idôneos, ficará desfeita a venda, e ressarcidos os valores já pagos na arrematação, desde que a reclamação seja feita em até 5 (cinco) dias após o término do leilão. Findo o citado prazo, não serão mais admitidas quaisquer reclamações, considerando-se definitiva a venda.

    6º -Não serão aceitas contestações de autenticidade a respeito de lotes constituídos por obras de autoria de artistas estrangeiros, uma vez que estas serão vendidas SEMPRE como ATRIBUÍDAS, face à inexistência no país de peritos legalmente habilitados e/ou reconhecidos como tais.

    7º -Os leilões são PRESENCIAIS e obedecem rigorosamente à ordem do catálogo. Os lances são ofertados no curso do leilão, de VIVA VOZ, pelos licitantes presentes. EM HIPÓTESE ALGUMA SERÃO ACATADOS LANCES OFERTADOS POR MENORES DE 18 (DEZOITO) ANOS. Complementarmente, a título tão somente de prover meios de facilitação à participação dos licitantes, serão ainda aceitos lances nas modalidades adiante listadas, sendo certo que serão acatados em igualdade de condições de disputa com o lance presencial de VIVA VOZ:

    7.1 -LANCE PRÉVIO, aqui definido como o lance expresso anteriormente ao início do leilão, no formulário próprio que poderá ser obtido em nosso escritório, e que será acatado desde que assinado e entregue até 2 (duas) horas antes do início do leilão;

    7.2 -LANCE POR TELEFONE, aqui definido como o lance a ser oferecido no curso do leilão, desde que a solicitação do licitante para participar nesta modalidade seja comunicada oficialmente a nosso escritório até 2 (duas) horas antes do início do leilão;

    7.3 -LANCE VIA REDE MUNDIAL DE COMPUTADORES (WWW), conhecida comoINTERNET, a título de CORTESIA, de forma gratuita, opcional e confidencial; aqui definidos como o lance endereçado via correio eletrônico (e-mail) para o sítio do leilão, www.conradoleiloeiro.com.br, e que somente será acatado se o licitante interessado em participar do leilão através desta modalidade se obrigar ao adiante estabelecido:

    7.3.1 -Prévio cadastro no sítio mencionado, sendo certo que inconsistências no preenchimento dos dados pessoais geram impedimento na oferta de lances;

    7.3.2 -Aceitar e autorizar formalmente a VERIFICAÇÃO DE SEUS DADOS JUNTO AOS ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO;

    7.3.3 -Uma vez cadastrado, criará sua senha, pessoal e intransferível, a qual não poderá ser utilizada para outras finalidades não autorizadas, comprometendo-se a não divulgá-la a terceiros. Se detectar o uso não autorizado de sua senha, o licitante deverá imediatamente:

    (I) enviar e-mail a conradoleiloeiro@gmail.com, comunicando o fato; e

    (II) cadastrar nova senha;

    7.3.4 -Aceitar e concordar formalmente com as presentesCONDIÇÕES DO LEILÃO, no campo adequado para tal, disponível no sítio do leilão, sendo certo que será irrevogavelmente responsável por todas as ofertas registradas em seu nome e igualmente, que Felix Conrado Leiloeiro Oficial, poderá suspender, cancelar definitivamente ou limitar o cadastro de qualquer licitante que, a seu exclusivo critério, não cumprir as condições estabelecidas no presente instrumento, sendo certo que efetuará o rastreamento do número do IP - Internet Protocol - da máquina utilizada pelo licitante para oferecer seu lance;

    7.3.5 -Aceitar e concordar formalmente que Felix Conrado Leiloeiro Oficial, poderá cancelar qualquer lance ofertado de compra, sempre que não for possível autenticar a identidade do licitante, e/ou caso este venha a descumprir as condições estabelecidas no presente instrumento e/ou não aceitar lances de licitante com obrigações pendentes;

    7.3.6 -Aceitar e concordar formalmente que responderá civil e criminalmente pelo uso de equipamento, programa ou procedimento que possa interferir no funcionamento do site.

    7.3.7 -Aceitar e concordar formalmente que Felix Conrado Leiloeiro Oficial, não será responsável por qualquer prejuízo eventualmente acarretado ao licitante advindo de dificuldades técnicas ou falhas no sistema da Internet, porquanto Felix Conrado Leiloeiro Oficial, não garante, por diversos fatores fora do seu controle, o acesso contínuo a tais serviços, vez que a operação do sítio poderá sofrer interferências por motivos de força maior.

    7.3.8 -Aceitar e concordar formalmente que lances encaminhados através do sítio www.conradoleiloeiro.com.br serão concretizados no momento em que sejam captados pelo provedor e não no ato de sua emissão pelo licitante. Portanto, face a diferentes velocidades de transmissões de dados, dependentes de variados fatores independentes do controle do provedor do sítio, Felix Conrado Leiloeiro Oficial, não se responsabiliza por lances oferecidos que não sejam recebidos antes da conclusão da venda do lote.

    7.3.9 -Aceitar e concordar formalmente que Felix Conrado Leiloeiro Oficial, se reserva o direito de não aceitar lances de licitante com obrigações pendentes.

    7.3.10 -Aceitar e concordar formalmente que Felix Conrado Leiloeiro Oficial, não se responsabiliza POR QUALQUER TRATATIVA RELATIVA A DESPACHO E/OU ENVIO DE LOTES ARREMATADOS, ressalvado o disposto em 8º adiante.

    7.4 -Queda estabelecido que o LANCE PRÉVIO, seja ofertado via formulário ou através do sítio www.conradoleiloeiro.com.br será o vencedor no caso de empate no valor do lance oferecido por qualquer outra modalidade de oferta de lances. No caso de LANCES PRÉVIOS de idêntico valor monetário, será vencedor o que tenha sido encaminhado primeiramente.

    8º -Os lances serão sempre na moeda nacional brasileira, e sua progressão seguirá de acordo com incremento estipulado no sítio;

    9º -Felix Conrado Leiloeiro Oficial, não indica nem recomenda qualquer prestador de serviço de envio e/ou despacho que não a ECT. Despesas e/ou sinistros advindos de outro qualquer prestador de serviço contratado pelo arrematante para retirada e/ou envio de lotes (embalagem, transporte, acidentes, extravio, perda, atrasos, impostos, etc.) serão de responsabilidade do arrematante; portanto, recomendamos a pesquisa prévia junto aos setores competentes.

    10º -Adquiridas as obras,NÃO MAIS SERÃO ADMITIDAS DESISTÊNCIAS, salvo o disposto no parágrafo 3º.

    11º -A confirmação documentada da desistência e/ou da inadimplência acarretará cumulativamente:

    (I)No cancelamento do cadastro do arrematante e a inscrição do mesmo no cadastro deCLIENTES SUSPENSOSdo portal Leilões BR - Arte e Antiguidade (www.leiloesrio.com.br), impossibilitando a participação deste em futuros leilões. A EVENTUAL REABILITAÇÃO DO MESMO ESTARÁ CONDICIONADA AO PAGAMENTO DA COMISSÃO DE Felix Conrado Leiloeiro Oficial; e/ou

    (II)O acatamento, pelo Leiloeiro Público Oficial, da solicitação de fornecer os dados cadastrais do arrematante inadimplente ao proprietário do lote vendido e não pago, se este desejar informar a pendência aos órgãos de proteção ao crédito através de via competente; e/ou

    (III)Independentemente do disposto em 10º, (II), o Leiloeiro Público Oficial poderá dar por desfeita a venda e, por via de EXECUÇÃO JUDICIAL, cobrar sua comissão e a dos organizadores ao arrematante inadimplente a título de multa (25% - vinte e cinco por cento - sobre o valor do lance, mais 5% - cinco por cento - referente à comissão do leiloeiro), podendo emitir título de crédito para a cobrança destes valores devidos, encaminhando-o a protesto, por falta de pagamento, sem prejuízo da execução prevista no artigo 39, do Decreto nº. 21.981/32.

    12º -Fica estabelecido o prazo máximo de 15 (quinze) dias para a retirada, de responsabilidade INTEGRAL do arrematante, dos lotes pagos. Findo este período, Felix Conrado Leiloeiro Oficial, não se responsabiliza, sob qualquer hipótese, pelo destino e/ou guarda e/ou integridade dos lotes pagos ainda não retirados, e estará tacitamente autorizado a revendê-los em público leilão pela melhor oferta.

    13º -Licitantes e arrematantes não poderão alegar o desconhecimento destasCONDIÇÕES DE VENDA DO LEILÃOpara eximir-se da obrigação assumida. As condições obedecem ao que dispõe o Decreto Federal nº. 21.981, de 19 de outubro de 1932, com as alterações introduzidas pelo Decreto nº. 22.427, de 1º. de fevereiro de 1933, que regulam a profissão de Leiloeiro Público Oficial.

    14º -As despesas com as remessas dos lotes adquiridos, caso estes não possam ser retirados, serão de inteira responsabilidade dos arrematantes. O cálculo de frete, serviços de embalagem e despacho das mercadorias deverão ser considerados como Cortesia e serão efetuados pelas Galerias e/ou Organizadores mediante prévia indicação da empresa responsável pelo transporte e respectivo pagamento dos custos de envio.

    15º -Fica eleito o foro do Estado do Rio de Janeiro, Comarca da Capital, para dirimir quaisquer incidentes alusivos à arrematação.

  • CONDIÇÕES DE PAGAMENTO

    À vista, com acréscimo da taxa do leiloeiro de 5%,
    conforme instrução a ser enviada por e-mail após o término do leilão.
    Não aceitamos cartões de crédito.

  • FRETE E ENVIO

    As despesas com retirada e remessa dos lotes, são de responsabilidade dos arrematantes. Veja nas Condições de Venda do Leilão.
    Despachamos para todos os estados.